Décadas de descaso, culminam com a crise educacional no Brasil, afetando principalmente o mercado de trabalho; A importância da interpretação de texto e raciocínio lógico
O Brasil enfrenta uma crise educacional sem precedentes, ocupando a última posição em educação entre 63 países, conforme relatório anual de competitividade publicado pelo International Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça. Essa situação deplorável, que compromete o futuro do país, é o resultado de uma atitude profundamente arraigada na sociedade brasileira, que desvaloriza a educação.
Segundo o IMD World Competitiveness Center, que entrevistou empresários, investidores e gerentes de 63 países, o Brasil está em 59º lugar em geral, com uma situação especialmente precária na educação de crianças e adolescentes e na formação profissional. Além disso, a América Latina como um todo não se saiu bem no ranking, com todos os grandes estados, exceto o Chile, ocupando as últimas posições.
A habilidade de interpretar textos e raciocinar logicamente é fundamental para garantir um emprego no cenário profissional atual. Essas competências são altamente valorizadas, pois permitem uma comunicação eficiente, seja por meio de e-mails, relatórios ou conversas. Além disso, essas habilidades são essenciais para a resolução de problemas, permitindo a análise de informações e a identificação de padrões para desenvolver soluções criativas e eficientes. No processo de tomada de decisão, o raciocínio lógico e a interpretação de texto são indispensáveis para avaliar informações, ponderar alternativas e prever possíveis resultados.
Outro ponto crucial é que essas competências favorecem o aprendizado contínuo, uma demanda do mercado de trabalho atual. Finalmente, a interpretação de texto e o raciocínio lógico contribuem para um trabalho em equipe eficaz, facilitando a compreensão das perspectivas e opiniões dos colegas. Portanto, o desenvolvimento dessas habilidades pode aumentar significativamente as chances de sucesso na carreira.
O desprezo pela educação no Brasil não se limita a uma classe social específica. Independentemente de serem ricos ou pobres, a educação é vista como algo secundário por muitos brasileiros. Devido à má qualidade das escolas públicas, até mesmo as famílias mais pobres optam por enviar seus filhos para escolas particulares, se puderem. No entanto, os diplomas muitas vezes não refletem as habilidades reais dos estudantes.
O filósofo brasileiro Eduardo Giannetti expressou esta realidade de forma eloquente em uma entrevista ao jornal Valor Econômico. Segundo ele, a educação no Brasil é uma farsa onde os professores fingem ensinar, os alunos fingem aprender, e tudo termina em um diploma que não reflete a verdadeira capacidade do aluno.
Esta situação é confirmada pelos estudos Pisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mostraram que muitos jovens brasileiros não possuem as qualificações em matemática e português indicadas em seus certificados de ensino médio. Muitos desses jovens entram no mercado de trabalho como analfabetos funcionais, sem domínio das operações aritméticas básicas, e são proporcionalmente mal pagos.
A situação é igualmente preocupante em relação à leitura. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes da OCDE (PISA) divulgou um relatório em maio de 2021, apontando que os alunos têm um desempenho melhor quando leem materiais impressos em vez de dispositivos digitais. No entanto, cerca de um terço dos alunos raramente ou nunca lê livros.
Essa realidade é reforçada pelo exame internacional Pirls (Progress in International Reading Literacy Study), que avalia a capacidade de leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental. Na estreia do Brasil neste exame, o país ocupou a 39ª posição entre 43 países, ficando atrás de nações mais pobres, como Azerbaijão e Uzbequistão.
Esses indicadores são sinais de alarme para o futuro da educação no Brasil. Para Giannetti, o capital humano é o que define a vida de um país. Sem a devida valorização da educação, o Brasil está comprometendo seu futuro e se distanciando da possibilidade de oferecer a cada cidadão a capacidade de desenvolver seu potencial humano.
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