De acordo com a Susep, existem excedentes de recursos cobrados em anos anteriores que são suficientes para pagar indenizações do seguro DPVAT em 2021
Foi aprovado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) prêmio zero para o DPVAT em 2021. A decisão foi tomada em reunião extraordinária realizada nesta semana. Além disso, foi autorizada a contratação de novo operador pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), em caráter emergencial e temporário.
De acordo com a Susep, existem excedentes de recursos cobrados em anos anteriores que são suficientes para pagar indenizações em 2021. Por meio de nota, a Susep afirma que “está envidando os melhores esforços para viabilizar a contratação de pessoa jurídica, já na primeira semana de janeiro de 2021, com capacidade técnica e operacional para assumir o DPVAT.
Seguro DPVAT em 2021
O Seguro DPVAT foi criado pela Lei n° 6194/1974 e tem como objetivo o amparo às vítimas de acidentes de trânsito em todo o País, independentemente de quem seja a culpa dos acidentes.
Brasília – Acidente envolvendo seis carros na BR 020, sem vítimas fatais
Jornal Grande ABC
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Cerca de 14 mil brasileiros estão registrados como hemofílico junto ao Ministério da Saúde; a hemofilia se caracteriza por prejudicar a capacidade do corpo de coagular o sangue. Portanto, 04 de janeiro é Dia Nacional do Hemofílico.
O diagnóstico precoce de hemofilia não impediu que Milton Alves Ferreira, 36 anos, tivesse que lidar com inúmeras complicações por causa da doença ao longo da vida. O primeiro hematoma que apresentou no peito aos quatro meses de idade ligou o sinal de alerta na tia, que também tem um filho com o mesmo problema de saúde.
“Ela falou para a minha mãe que era importante fazer o exame para diagnóstico, porque eu tinha os mesmos sintomas que o meu primo. Quando fiz o exame, foi diagnosticada a hemofilia A, do tipo grave”, conta o técnico legislativo, que mora em Belo Horizonte.
Nascido em 1984, Milton testemunhou não apenas a evolução da hemofilia no próprio corpo, mas dos tratamentos para a doença, que é rara e não tem cura. Ainda na infância, por exemplo, teve sangramentos nos dentes e na língua. Desde então, como consequência da gravidade do quadro e da insuficiência dos tratamentos que recebeu, ele cita algumas das sequelas que o acompanham.
“Fiquei muitos anos sem tratamento adequado, o que trouxe dano articular. Tenho a flexibilidade dos joelhos e cotovelos comprometida. Não consigo esticar, nem encolher essas articulações completamente. Sinto dor também, que a artrose provoca. É um dano considerável”, afirma.
Dia Nacional do Hemofílico: a doença
Assim como Milton, outros 13 mil brasileiros com hemofilia A ou B estão cadastrados junto ao Ministério da Saúde. De acordo com dados da World Federation of Hemophilia, o Brasil tem a quarta maior população de pacientes com a doença entre todos os países.
A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que atinge quase exclusivamente os homens. Dessa forma, trata-se de uma doença que compromete a capacidade do corpo de coagular o sangue, que é extremamente necessária para interromper as hemorragias.
“Os hemofílicos normalmente apresentam sangramentos que demoram mais tempo para serem controlados, porque o organismo não tem condição de produzir aquele coágulo. Não estanca”, exemplifica Indianara Galhardo, vice-presidente da Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (Abraphem).
Quando uma pessoa se corta, por exemplo, o organismo manda proteínas para estancar o sangramento. Então, esse é o processo conhecido como coagulação. As pessoas que têm hemofilia não possuem essas proteínas e sangram por mais tempo. Existem dois tipos da doença. O tipo A e o tipo B. Todavia, a diferença entre eles se dá pelo tipo de fator de coagulação em falta no organismo. Ou seja, pessoas com hemofilia A têm deficiência do Fator VIII de Coagulação, enquanto aquelas com hemofilia B têm falta do Fator IX de Coagulação.
Alerta
Indianara explica que além dos tipos, a hemofilia também pode ser classificada quanto ao grau, que varia de leve, passando por moderado, até grave. Nos casos leves, os portadores da doença podem demorar a percebê-la, uma vez que os sintomas mais característicos como os sangramentos são difíceis de notar. “Essa pessoa só vai descobrir que tem hemofilia quando precisar fazer um procedimento mais invasivo, talvez uma cirurgia, uma extração dentária, se acontecer alguma coisa e essa pessoa tenha um sangramento maior”, mostra.
Já entre os moderados e, principalmente, casos graves de hemofilia, os sintomas passam por sangramentos articulares, sobretudo nos tornozelos, cotovelos e joelhos, grandes hematomas, sangramentos espontâneos, que são internos e sem razão aparente, além de esse sangramento ocorrer por mais tempo do que em uma pessoa que não tenha a doença.
Dia Nacional do Hemofílico: Tratamento
Diagnosticado com hemofilia tipo A grave aos cinco anos de idade, o empresário Neder Gustavo dos Santos, 38 anos, apresentou inúmeros problemas de saúde desde a infância. Anteriormente, aos 20 anos, teve um derrame. Crise convulsiva, úlcera e sangramentos internos por causa da hemofilia também marcaram a vida do morador de Campo Grande, capital sul mato-grossense.
“O tratamento não era o correto, precisava ter um sangramento para depois ter direito ao tratamento. Isso acarretou várias sequelas no meu corpo. Tenho dificuldade para andar, até para me locomover, são as piores. Tenho articulação nos braços que estão bem ruins, para escrever acaba ficando difícil”, diz.
A situação dele e de milhares de brasileiros mudou com a chegada do tratamento por profilaxia, que nada mais é do que a reposição do fator de coagulação deficiente no organismo por meio de um medicamento, num processo chamado de infusão endovenosa, ou seja, pela veia. Com este tratamento, as hemorragias são mais facilmente controladas, segundo especialistas. “Com o tratamento que temos hoje, melhorou bastante a qualidade de vida”, afirma Neder.
O tratamento para quem tem hemofilia no Brasil é ofertado pelo SUS, o Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante os medicamentos aos portadores da doença. Em 2019, a pasta adquiriu mais de 720 milhões de unidades de medicamentos, previstos para o tratamento de doenças hemorrágicas hereditárias.
“A medicação, que é o fator de coagulação, é comprado e ofertado pelo SUS. O tratamento é feito pelo SUS. As pessoas que têm hemofilia recebem as doses domiciliares e podem fazer a profilaxia, o tratamento em casa”, explica Indianara.
Dia do Hemofílico
Com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre essa doença rara e pouco conhecida, o Dia do Hemofílico é comemorado nesta segunda-feira (4). O Brasil tem uma rede de 32 hemocentros em todas as regiões, que contam com o sistema Hemovida. Essa ferramenta possui uma base nacional para o cadastro de pacientes, inserção de dados clínicos, informações sobre o tratamento, registro de aplicações, além do controle de estoque de medicamentos.
“No Dia Nacional do Hemofílico, conheça histórias de superação” é com informações de Brasil 61
De acordo com o governo federal, o programa já disponibilizou R$ 32,9 bilhões em crédito para o Pronampe, focados nas micro e pequenas empresas
Uma Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira (29) vai liberar cerca de R$ 10,1 bilhões. O crédito extraordinário será usado para viabilizar a integralização de cotas no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Um projeto de lei do senador Jorginho Mello (PL/SC) criou a terceira fase do Pronampe, com recursos oriundos do Programa Emergencial de Suporte a Empregos, o Pese. De acordo com o governo federal, o Pronampe já disponibilizou R$ 32,9 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas, totalizando 450 mil contratos. A taxa de juros é a Selic, hoje em 2%, acrescida de 1,25% ao ano.
Crédito para o Pronampe
Com os recursos, as empresas podem pagar funcionários, contas de luz e água, aluguel, compra de matérias-primas e mercadorias, por exemplo. O crédito também pode ser usado para reformas e investimentos, como compra de máquinas e equipamentos.
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Nos segundos iniciais de qualquer interação comunicativa, as pessoas decidem se querem estabelecer relacionamentos conosco ou se preferem nos ignorar, se somos dignos de confiança ou se não merecemos esse crédito, se somos competentes ou se somos profissionais despreparados. Todos esses julgamentos costumam ser feitos de forma inconsciente e se baseiam principalmente na nossa linguagem corporal. A expressão facial e a postura que adotamos, as roupas que usamos, o tom de voz que empregamos são alguns dos aspectos que determinam se criaremos uma imagem positiva ou negativa. Falar bem é essencial.
Da mesma forma, o uso que fazemos do idioma determina a primeira impressão que criamos nos outros. Isso é tão forte que uma pesquisa realizada pela Catho revelou que 34% dos candidatos a uma vaga são eliminados por erros gramaticais. É claro que você não precisa falar de forma impecável nem ser pedante, mas não cometer erros grosseiros já é um ótimo começo. Assim fique atento às dicas de português que apresentarei às segundas-feiras neste jornal. Tenho certeza de que você vai gostar!
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Para quem precisa fazer um acordo de transação das dívidas do FGTS, uma ótima notícia! A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional já tem Resolução permitindo acordo de transação individual ou acordo de transação por adesão de dívidas do FGTS.
O Conselho Curador do FGTS, na Resolução 974/2020, criou regras e procedimentos para acordo de transação individual e por adesão aos devedores do FGTS que querem pagar mas precisam de condições mais favoráveis que o parcelamento padrão do FGTS que existe atualmente.
Até quem já fez o parcelamento e não conseguiu quitar, poderá aderir e quitar as dívidas de forma mais leve no bolso.
Veja a Resolução, e entre em contato conosco:
RESOLUÇÃO Nº 974, DE 11 DE AGOSTO DE 2020
Autoriza a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) a celebrar transação individual ou por adesão na cobrança da dívida ativa do FGTS, nos termos da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, observados os limites e condições estabelecidas.
O CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO, com base no inciso IX do art. 5ª da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, no inciso VIII do art. 64 do Regulamento Consolidado do FGTS, aprovado pelo Decreto nº 99.684, de 8 de novembro de 1990, e na alínea “b”, do inciso II do caput do art. 5°, da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, resolve:
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a autorização à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para celebração de transação individual ou por adesão na cobrança da dívida ativa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Art. 2º Fica a PGFN autorizada a realizar acordos de transação resolutiva de litígio, envolvendo concessão de descontos, sobre débitos inscritos na dívida ativa do FGTS, de forma individual ou por adesão, observados os termos da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, da regulamentação expedida pelo órgão no que diz respeito à transação na cobrança da dívida ativa da União, bem como os limites estabelecidos nesta Resolução.
Art. 3º Os descontos a serem ofertados somente poderão incidir sobre os valores devidos ao FGTS, sendo vedada, portanto, a redução de valores devidos aos trabalhadores.
Art. 4º Nos casos de acordo de transação individual ou por adesão que envolvam parcelamento, caberá ao Agente Operador, após formalização do acordo pela PGFN, realizar o cadastro e a emissão de parcelas nos seus sistemas de controle.
§1º O parcelamento concedido no bojo de transação formalizada pela PGFN somente poderá ter os descontos nos limites definidos pelo art. 3º desta Resolução e deverá ter o pagamento dos débitos de contribuição de FGTS rescisório já na primeira parcela.
§2º O parcelamento concedido no bojo de transação formalizada pela PGFN obedecerá ainda às regras estabelecidas nos incisos III, do art. 2º, incisos VI e VII, e §§5º e 6º do art. 5º; e na integralidade dos artigos 7º e 8º, todos do Anexo I da Resolução CCFGTS nº 940, de 2019.
§3º O saldo remanescente de débitos incluídos em acordo de transação formalizado pela PGFN que venha a ser rescindido poderá ser objeto de reparcelamento, na forma do art. 9º da Resolução CCFGTS nº 940, de 2019.
§4º As condições previstas nesta Resolução, em nenhuma hipótese, serão cumulativas com a prevista pelas Resolução CCFGTS nº 587, de 2008, e Resolução CCFGTS nº 961, de 2020.
§5º A rescisão do parcelamento concedido no bojo de transação formalizada pela PGFN implicará o afastamento dos benefícios concedidos e o restabelecimento da cobrança integral das dívidas, deduzidos os valores já pagos, sem prejuízo de outras consequências previstas no edital da PGFN ou no termo de transação individual.
Art. 5º A proposta de transação também estará condicionada à assunção, pelo devedor, do compromisso de proceder à individualização dos valores recolhidos, nas contas vinculadas dos respectivos trabalhadores, tal como determina o caput do art. 15 da Lei nº 8.036, de 1990.
§1º O procedimento de individualização pelo devedor deve ocorrer nos sistemas do Agente Operador, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados de cada guia efetivamente recolhida no bojo de transação formalizada.
§2º O procedimento de individualização, pelo devedor, dos valores recolhidos no bojo da transação, deverá observar os valores que tenham sido apurados e lançados, de forma individualizada, pela autoridade competente, com os acréscimos legais incidentes pela inadimplência.
§3º O procedimento de individualização, pelo devedor, dos valores recolhidos no bojo da transação, deve priorizar o pagamento de débitos mais antigos inscritos em dívida ativa.
§4º A não individualização de valores recolhidos no bojo de transações firmadas pela PGFN, prevista no caput e nos parágrafos anteriores, implicará na rescisão da transação firmada para os casos de débitos que tenham sido constituídos com esse atributo.
Art. 6º A transação será formalizada pela PGFN, nos mesmos termos da regulamentação aplicável à dívida ativa da União, inclusive nos casos em que a cobrança judicial da dívida ativa do FGTS esteja abrangida pela delegação na representação judicial de que trata o Convênio PGFN/CAIXA nº 01, de dezembro de 2019.
Art. 7º Os acordos de transação de débitos de FGTS inscritos em dívida ativa realizados pela PGFN deverão ser divulgados em seu sítio na internet, assim como no sítio do FGTS, ressalvadas informações protegidas por sigilo.
Art. 8º O Agente Operador providenciará os procedimentos operacionais para a execução do consignado nos artigos 4º e 5º desta Resolução, no prazo de até 30 (trinta) dias.
Art. 9º A PGFN deverá apresentar anualmente ao Conselho Curador os resultados obtidos com os acordos de transação realizados.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de setembro de 2020.
2021 teremos nove feriados nacionais, além dos feriados estaduais e municipais, como o do Dia da Consciência Negra e aniversários das cidades.
Dos nacionais, dois deles serão prolongados (Paixão de Cristo e Proclamação da República). Cairão em segundas ou sextas-feiras e, portanto, emendam com o final de semana. apenas um cairá em final de semana: 1º de maio, o Dia Mundial do Trabalhador, será em um sábado.
Carnaval e Corpus Christi não são feriados nacionais. Ambas serão pontos facultativos no serviço público federal, conforme informou portaria publicada na quarta-feira (30) no“Diário Oficial da União”.Ainda assim, são feriados estaduais ou municipais em muitos locais.
Assim, quem tiver o direito dessas datas terá dois feriados a mais: 15 e 16 de fevereiro (Carnaval, segunda e terça-feira) e 3 de junho (Corpus Christi, quinta-feira).
Então, quem puder emendar essas datas vai acabar com um feriadão prolongado: de 13 a 16 de fevereiro (Carnaval).
Lista de feriados nacionais em 2021
1º de janeiro (sexta):Confraternização Universal 2, 3 e 4 de abril (sexta a domingo):Paixão de Cristo é dia 2 21 de abril (terça-feira):Tiradentes 1º de maio (sábado):Dia Mundial do Trabalho 7 de setembro (terça-feira):Independência do Brasil 12 de outubro (terça-feira):Nossa Senhora Aparecida 2 de novembro (terça-feira):Finados 13, 14 e 15 de novembro (sábado, domingo e segunda):Proclamação da República é dia 15 25, 26 e 27 de dezembro (quinta a sábado):Natal é dia 25
Lista de pontos facultativos nacionais em 2021
13 a 17 de fevereiro (sábado a quarta):Carnaval é ponto facultativo o dia inteiro na segunda e na terça-feira e até as 14h na Quarta-Feria de Cinzas 3 junho (quinta-feira):Corpus Christi 28 de outubro (quinta):Dia do Servidor Público 24 de dezembro (sexta-feira):véspera de Natal – ponto facultativo após as 14h 31 de dezembro (sexta-feira):véspera de Ano Novo – ponto facultativo após as 14h
20 de janeiro (Quarta) Padroeiro – RIO GRANDE DA SERRA 19 de março (Sexta) Padroeiro – RIBEIRÃO PIRES 08 de abril (Quinta) Aniversário – SANTO ANDRÉ 03 de maio (Segunda) Aniversário – RIO GRANDE DA SERRA 28 de julho (Quarta) Fundação – SÃO CAETANO DO SUL 20 de agosto (Sexta) Aniversário – SÃO BERNARDO DO CAMPO 20 de novembro (Sábado) Consciência Negra – TODOS MUNICÍPIOS DO GRANDE ABC 08 de dezembro (Quarta) Padroeira – DIADEMA 08 de dezembro (Quarta) Aniversário – MAUÁ
Feriados 2021 e pontos facultativos Estado e Cidade de São Paulo
25 de janeiro (Segunda) Fundação – MUNICÍPIO 09 de julho (Sexta) Revolução constitucionalista. – ESTADO
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O turismo de base comunitária, que envolve o protagonismo de comunidades locais em atividades sustentáveis, pode transformar madeireiros e caçadores de animais silvestres em defensores ambientais.
A mudança de mentalidade está entre os frutos gerados por projetos espalhados pelo país, cujos representantes conversaram com aAgência Brasil.
Reputado por ser um dos precursores do turismo de observação no Brasil e chamado debirdman(homem-pássaro, em inglês), por seu amplo conhecimento de aves, o estadunidense Douglas Trent relata como iniciou a estruturação da Reserva Ecológica do Jaguar. O projeto, de ecoturismo comunitário, está localizado em Poconé (MT).
Desde que teve um dos seus primeiros contatos com o Brasil, já pôde dimensionar o impacto do garimpo em disputas territoriais. Trent veio ao país em 1980, quando havia acabado de se formar em Ciências Ambientais pela Universidade do Kansas.
A visita à região amazônica era um sonho de Trent, que, logo na viagem de ida, de ônibus, escutava diálogos de outros passageiros sobre a ambição em torno do ouro que poderiam extrair dali. Todavia, também deparou, pela primeira vez, com um espécime de onça-preta em seu habitat natural.
Também chamada de jaguar-preto, a onça-preta é uma variação da onça-pintada, mas com pelagem escura, por conter mais melanina. Mas, a onça-pintada é um dos animais sob risco de extinção, atualmente, e que vive em quatro biomas. São eles o Cerrado, a Mata Atlântica, a Amazônia e o Pantanal.
Comunidades locais e turismo: História
Em 1981, Trent criava aFocus Tour Environmentally Responsible Travel, empresa de ecoturismo, passando a oferecer passeios de contemplação de animais da região. Naquela época, estabeleceu relação com o fazendeiro Lerinho de Arruda Falcão, que abriu as portas da propriedade para a observação de araras-azuis.
Conforme relata Trent, porém, o fazendeiro e sua família matavam onças, sob a justificativa de que precisavam proteger o gado que criavam. Com a maior proximidade entre os dois, convenceu Lerinho a parar com a matança e a entrar para o ramo de ecoturismo.
Atualmente a Reserva Ecológica do Jaguar deriva do trabalho de 50 famílias. Para o projeto, foram feitas diversas capacitações de membros da comunidade, para que se tornassem guias e equipes de hospedagem profissionais. Uma das atividades desenvolvidas para tocá-lo adiante foi envolvê-las em levantamentos da fauna local, já que estavam mais familiarizadas com os animais.
Bichos do Pantanal, Instituto Sustentar –Douglas Trent/Instituto Sustentar/Direitos Reservados
Aspectos sociais e econômicos
Trent diz que um dos aspectos centrais para avançar na conscientização das pessoas foi entender o contexto socioeconômico em que a comunidade vivia. “Eu percebi que um dos problemas quanto à preservação da natureza é a pobreza. Se vou trabalhar com a natureza, tenho que trabalhar para reduzir a pobreza”, afirma.
Após a operadora de turismo, surgiu o Instituto Sustentar, ONG sediada em Belo Horizonte e filial em Cáceres (MT), ao qual Trent se dedica atualmente. A reserva, por sua vez, está sob responsabilidade da família Falcão. Trent também é mentor do projeto Bichos do Pantanal, do Instituto Sustentar, desenvolvido no âmbito no programa Petrobras Socioambiental, desde 2012, e que conta com uma rede de cooperação com lideranças locais.
A diretora executiva do Instituto Sustentar, Jussara Utsch, diz que a ajuda de profissionais de outros países deve ser valorizada. “Às vezes, nós, brasileiros, estigmatizamos um pouco, mas a verdade é que a gente precisa valorizar um pouco essa visão internacional, que pode estar nos ajudando aqui”, defende.
Eduardo Arruda, que administra a pousada da Reserva Ecológica do Jaguar, após o falecimento do pai, conta uma dos primeiros aprendizados sobre a proteção da natureza. “A primeira coisa que o Douglas me falou, há muitos anos, foi: é o país com a maior biodiversidade do planeta, mas há desconexão do brasileiro com a própria natureza.”
Amazônia extraordinária e comunidades locais
No baixo Rio Negro, Amazonas, outra iniciativa fez reverberar discursos fundamentais em torno da preservação ambiental. Trata-se da Poranduba Amazônia, reserva de desenvolvimento sustentável do Rio Negro, que fica em frente ao Arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, e abrange duas comunidades: a Tumbira e a Santa Helena do Inglês, cada uma com 30 famílias, aproximadamente.
“Poranduba” é uma expressão indígena, que significa “histórias fantásticas” contadas entre os povos da Amazônia, incluindo contos, fábulas e mitos. Também remete a “relação”, “sentir”, “escutar”.
O psicólogo Bruno Mangolini morava na capital paulista, quando decidiu que sua vida devia tomar outro rumo, bem distante da zona urbana e do sudeste do Brasil. Em 2017, fez as malas e se mudou para a região, depois de sua companheira, que atuava em projetos nos arredores, adquirir uma casa.
Comunidades locais na Amazônia
Já estava ali havia algum tempo, até que uma comunidade vizinha à sua lançou a ideia de que poderiam gerar renda com atividades turísticas. Mangolini sentiu que poderia fazer a ponte entre moradores e turistas, em virtude de sua experiência com viagens. A partir daí, a comunidade passou a discutir quais serviços poderia oferecer, quem estaria envolvido com cada atividade e como se daria a remuneração dos participantes.
Em 2019, o projeto se concretizou. Segundo Mangolini, das cerca de 30 pessoas que compõem a equipe, a maioria tem baixa renda e precisa do turismo para ter uma qualidade de vida melhor. Tudo é decidido coletivamente, inclusive a aplicação de recursos obtidos e que podem ser usados para melhorias na estrutura que atende a comunidade. “A gente tem esse compromisso de ir além do turismo, mas não só, de fazer o turismo ser um vetor do desenvolvimento local, estimulando práticas sustentáveis, tanto pelos moradores como pelos visitantes. E esperamos, além de gerar renda, conseguir melhorar a infraestrutura da comunidade, porque, como estamos isolados, o poder público não é muito atuante para resolver problemas básicos, como água, luz e outras coisas”, comenta, pontuando que o transporte na região é feito de barco.
A transformação de comunidades locais
Um dos trabalhadores da reserva, Roberto Brito, conhecido como Roberto Tumbira, era madeireiro antes de começar a atuar no projeto. Ele seguiu os passos dos avós, tanto maternos quanto paternos, e do pai, que não teve condições de estudar. Todos eles, conta, acabaram indo para esse ramo, ilegal, porque “o que se tinha para fazer era trabalhar na estação de madeira”.
Brito comenta que a transição de perspectivas teve início em 2008, quando a comunidade em que vive passou a ter contato com o conceito de sustentabilidade e de preservação ambiental, com oficinas promovidas pelo governo amazonense. “Eu era uma das pessoas que olhavam a floresta derrubada como forma de sustento e trabalhei mais de 26 anos tirando madeira”, reconhece.
“Coletivamente, era mais fácil resolver as coisas. Na época, nossas reivindicações eram muito por educação da comunidade e legalização da nossa área [de atividade], que era a madeira. Só que, graças a Deus, as coisas foram ter outro rumo. A educação chegou na nossa comunidade e eu ainda com espírito de madeireiro, querendo a legalização. Quando a educação chegou, foi abrindo muita clareza, oportunidade pra gente ver como o mundo seria se vivesse de modo sustentável.”
Desde 2011, Brito começou a trabalhar com turismo. “Tenho dois filhos adultos, na época eram pequenos. Eu pensava: se não tiver educação, o meu filho vai ser mais um madeireiro, clandestino, como meu pai”, diz ele.
Quilombos e a preservação
Em Taubaté, interior de São Paulo, a técnica em turismo e historiadora Solange Barbosa é uma das mulheres que compartilham experiências pela Rota da Liberdade, da qual é presidente. Com uma equipe de cinco pessoas e parceiros, o projeto tem como objetivo promover ações de turismo em comunidades negras tradicionais e foi considerado um dos dez melhores projetos de geoturismo do mundo, pela National Geographic, em 2009.
Através da Rota da Liberdade, os turistas têm a oportunidade de escutar a história revisada de pessoas escravizadas do interior paulista. Conforme explicou Solange, em entrevista, pesquisadores de áreas como antropologia, sociologia e história têm bastante interesse nos roteiros, que foram adaptados para atender especificamente a esse grupo, além de outros existentes, que incluem gastronomia típica e demais passeios.
Roda d’água no Quilombo da Fazenda –Solange Barbosa/Rota da Liberdade/Direitos Reservados
Comunidades locais indígenas
Solange relata que o princípio de tudo foi uma ideia que surgiu ainda nos tempos de faculdade, que acabou sendo aprimorada e apresentada à Secretaria de Turismo e Cultura do município, com ajustes sugeridos por seus professores. Ela, que já foi consultora do programa Rota do Escravo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), menciona que o grupo apresenta aos visitantes um arquivo histórico que documenta a presença de indígenas na região e também a chegada de africanos, no século 17.
“Tem muitos públicos diferenciados que buscam a informação. A história do negro ainda está sendo contada no Brasil. A gente tinha uma história oficial, de que todo negro era escravo e que todo escravo vinha da África. Pronto. E a gente tem vivido, nos últimos 10, 12 anos, uma busca de outras narrativas. Os documentos históricos, arqueológicos, estão revelando essas outras histórias, e a gente está usando isso pra contar também”, diz.
Solange cita ainda o roteiro pedagógico Saberes do Chão, com visitas a um quilombo. “A gente traz o turista para uma vivência real, com pessoas reais, distante daquela coisa que foi contada nos livros. O quilombo é um valhacouto [refúgio] de escravos fugidos, isso está lá em 1700, é o que está escrito. Aí, a gente mostra o que é realmente um quilombo, o que é uma comunidade quilombola, o quanto a sua área está preservada justamente pela sua ação, pela sua própria presença”, finaliza Solange.
“Preservação ambiental gerada por comunidades locais com turismo” é com informações da Agência Brasil
Capítulo 4 (Uma sociedade com menos medo) de O Medo Humano. Leia desde oCapítulo 1
Jamais teremos uma sociedade humana melhor que a civilização ocidental. Uma união improvável de uma moralidade sublime e inalcançável, decorrente de uma pequena sociedade do oriente médio, mais um sistema jurídico racional, decorrente de um império em decadência, e uma filosofia da busca da verdade absoluta, gerada por alguns radicais que viveram em desconformidade com a sociedade deles, sendo que o pioneiro desta filosofia precisou morrer envenenado para cumprir com autoridade o que pregava. Essa união improvável criou arte com características quase eternas, um sistema de auxílio aos mais pobres jamais alcançado pelo mais bondoso dos governantes, a sensação de pertencimento ao grupo mantendo a total responsabilidade individual pelos atos humanos.
Essa sociedade evoluída prova-se justamente por não só aceitar, mas receber maduramente as críticas ao próprio sistema, coisa que não se vê nos sistemas socialistas e islâmicos atuais. A crítica, nesses sistemas, normalmente é recompensada com a morte. A civilização ocidental prova-se mais madura que qualquer outra justamente por aceitar críticas. No entanto, essa mesma sociedade padece por não ter defensores corajosos. O medo dos defensores transforma-os em fantoches de si mesmos, alimentados pela sensação de esperança vazia, como se magicamente tudo fosse melhorar. Não vai melhorar. Só vai piorar.
Uma pequena melhora pontual é possível mediante uma luta terrível, custosa, sangrenta e dura. Para se construir algo, é muito mais difícil que destruir. Veja-se a Escola de Frankfurt, que prega a destruição de tudo o que há. Destruição por destruição. É o ser humano agir como o Diabo. Às vezes, creio que até o Diabo tenha inveja de alguns seres humanos, que se empenham em destruir os outros com mais força que os demônios.
Melhoras pontuais são realizadas com esforço e dor. Com gasto de dinheiro, com lágrimas, com sangue. Cada melhora deve ser comemorada, para que o entorno (principalmente seus filhos) entendam a necessidade de celebrar o que é bom. Não é à toa que as maiores festas da civilização ocidental são o Natal e a Páscoa. O nascimento do homem perfeito e a morte substitutiva do mesmo.
Um início de melhora é feito, primeiramente, com a noção do que é bom, e posteriormente, com a alocação da coragem necessária para tal ato. Ter noção do que é bom já é, por si mesmo, tarefa complexa. É necessário entender-se, com raciocínio e sentimentos, o que é bom para todos. O governo dar coisas para todos é ruim, já que isso virá do trabalho de alguém, retirado na marra por meio de impostos. Liberdade para cada um procurar o trabalho que lhe apetece é bom, já que cria a sensação de responsabilidade individual. Pesando-se as consequências dos atos imaginados (e vendo a história, é claro), percebe-se o que é bom e o que é mau. Mas não devo pensar que é fácil distinguir.
Existem atos que parecem bons, e outros que parecem maus. É justamente a experiência própria, e a análise da experiência de outrem, que mostra quais atos específicos são bons e quais são maus. Difícil, mas não impossível. Podemos chegar ao ponto de criar verdadeiros fluxogramas mentais para se imaginar a consequência de cada ato, para se entender se o ato é bom ou mau. Isso nos mostra que o ato deve ser bom em cada fase, para que se termine bom. Se, em algum momento, ele se tornar mau, corromperá tudo o mais após ele. Cada acontecimento posterior já está envenenado, e deve ser extirpado o quanto antes.
O segundo elemento, a coragem, é erroneamente entendida. Pensa-se na coragem de uma briga, na qual nenhum dos contendores foge. Embora possa haver bastante coragem nesse ato, não é aí que a mesma reside como em sua própria casa. Ela reside no coração de quem faz o que quer fazer e mantém o ato até o final, crendo ser o melhor. Se a coragem reside ali, é ali que a bondade deve residir junto. Bondade sem coragem é omissão pesarosa, coragem sem bondade é força cooptada para o mal.
Boa parte dos atos humanos são direcionados pelo medo. O que se viu na quarentena foi justamente as redes de televisão incutindo medo diuturnamente com o vírus chinês, para muitos fins. Para manter a audiência alta, é um destes fins, já que a internet roubou a audiência de muitos. Aí aparece um novo medo: o medo da liberdade.
No Brasil a grande mídia (ou velha mídia, de acordo com aquele que opina) tem medo da liberdade de escolha do consumidor. Tamanho é esse medo que a mídia usa o medo para dominar. Como o ser humano naturalmente dá ouvidos a notícias ruins, pois alerta o senso de autopreservação, é mais fácil dar audiência para as mesmas notícias ruins, ao invés das boas. Criando-se noticiários frequentes para apavorar as pessoas (o que gerou recorde de suicídios e doenças mentais), instilou-se mais medo, que forçou as pessoas a assistir mais noticiários ainda. Tamanho foi o estrago que somente poderemos ter noção disso daqui a uns anos.
Os tradicionais encontros após o trabalho, apesar reduzidos ou até proibidos por conta da pandemia, ficarão mais caros este ano. Portanto, bom preparar o bolso, pois as bebidas estarão mais caras em 2021.
Como forma de reduzir o impacto, o consumidor poderá recorrer as latinhas. Incluindo bebidas conhecidas por suas garrafas. Por exemplo, espumantes, gim e vinhos.
O setor de bebidas sofreu um baque múltiplo na estrutura de preço. A disparada do dólar (a moeda subiu 29% no ano) representou uma explosão de custos para toda a cadeia produtiva. Enquanto importadores digerem uma tabela de preço bem mais salgada que muito amendoim de aperitivo, produtores compram insumos pelo dobro do preço, e a indústria sofre com a falta de embalagens.
“O lúpulo, o malte, as embalagens, tudo depende do dólar”, afirma Marcelo de Sá, diretor-executivo do Grupo Petrópolis, responsável por rótulos como Itaipava, Petra e Crystal. A venda para bares e restaurantes, principalmente de vasilhames, representava uma fatia considerável para o setor.
Bebidas mais caras em 2021?
De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) realizada no fim de 2019, 61% do consumo de bebidas alcoólicas acontecia em locais de convívio social. Esse comportamento mantinha espaço para o uso das garrafas. A pandemia mudou a dinâmica.
“Para nós, a lata representava 78% das vendas, e a garrafa, 22%”, afirma Sá. “Nos meses de março e abril chegamos a ter um consumo de 92% em lata, e foi aí que entendemos que o consumo ficou em casa.”
Até agosto, a empresa perdeu rentabilidade com a queda nas vendas da embalagem retornável, diz o executivo. “Mas o consumidor continuou a comprar no mercado, então o volume não caiu.”
“O que nos ajudou nesse período foi o auxílio emergencial. Mas, quando diminuíram para R$ 300, o faturamento caiu em duas semanas e depois voltou ao normal”, afirma Marcelo de Sá.
Divisão
O ano de 2020 para o mercado de bebidas pode ser dividido em dois momentos bem distintos, diz Rodrigo Mattos, analista da Euromotior.
Segundo ele, no primeiro semestre, com as incertezas sobre como seria o distanciamento social, o consumo foi todo deslocado para casa. Então, as empresas que tinham uma estratégia online mais estruturada conseguiram se manter mais saudáveis. Quem não tinha uma estratégia digital pré-crise patinou para se adaptar ao novo cenário.
Já no segundo semestre, avalia Mattos, com a flexibilização do distanciamento, o consumo fora de casa foi retornando aos poucos. Mas, acompanhado da inflação e do declínio da renda.
Foi aí, ele relembra, que as empresas começaram a sofrer com os impactos do câmbio e com a falta de embalagens. Problemas com o vidro já havia pelo menos cinco anos, mas a pandemia agravou a deficiência.
Para Mattos, daqui para a frente, as classes média e as mais baixas vão ser as mais impactadas.
“Para essas camadas, existem dois caminhos: ou diminuir no volume ou na qualidade”, diz o analista. “Já os importadores de vinhos e destilados vão procurar opções mais baratas lá fora para vender com o mesmo preço aqui.”
Mercado nos últimos anos
Segundo a Euromonitor, o mercado de alcoólicos já estava mudando desde 2017. O consumidor passou a beber menos, mas com mais qualidade. O setor viu o lucro aumentar e o volume diminuir gradualmente. Foi nesse momento que gim e vinho começaram a ter um crescimento significativo entre os brasileiros.
“Aqui também tem brecha para a cerveja zero álcool, que tem sido bem recebida no mundo. Essa ideia de ‘bebidas não alcoólicas para relaxar’ está sendo bem aceita na Europa, por exemplo”, disse.
Para escapar da crise atual, Mattos diz que as marcas devem investir em novas embalagens para reduzir o gargalo da falta de insumo e trazer inovações.
“É um momento em que vamos ver mais versões em lata. A pessoa não precisa comprar uma garrafa de vinho, que é muito mais cara. A lata tem uma dosagem perfeita para beber e manter qualidade”, afirma.
Bebidas mais caras em 2021 no país
Mas há quem veja oportunidades em todo esse desarranjo. Existe a percepção de que, enquanto o dólar aumenta o preço das bebidas importadas, o fabricante nacional tem espaço para avançar.
“É uma oportunidade para o brasileiro finalmente valorizar o produto nacional”, diz Rodrigo Marcusso, fundador da Draco, destilaria paulista de gim fundada em 2016.
Antes da pandemia, a marca tinha foco em vendas para bares e restaurantes e se viu empurrada a fazer uma adaptação rápida para o ecommerce. Marcusso diz que o ano que passou foi um período para expandir o portfólio.
“Também sofremos com o câmbio. Se é complicado para o grande, imagina para pequeno produtor”, diz.
Marcusso conta que enfrentou, por exemplo, a falta de caixa de papelão, de vidro e até de álcool. “Quase todos os botânicos são importados. O zimbro dobrou de preço desde o começo do ano. Nosso maior concorrente é a falta de matéria-prima.”
Ele afirma que o consumidor não pagou o repasse. Sendo assim, a estratégia foi ganhar nas vendas. O preço mínimo de uma garrafa da Draco é R$ 72, enquanto marcas importadas não artesanais saem por no mínimo R$ 100.
Impacto da pandemia para bebidas mais caras em 2021
Na avaliação de Rodrigo Mattos, a pandemia promove um movimento duplo no mercado de bebidas, com uma certa polarização do consumo local. Enquanto boa parte do brasileiro médio se viu obrigada a reavaliar o que consome, a venda de bebidas premium pouco foi afetada, já que o público-alvo não teve perda significativa de renda.
Desde a reabertura, o movimento no Fel, coquetelaria premiada que ocupa o térreo do icônico edifício Copan, no centro de São Paulo, é descrito pelos funcionários como satisfatório. Nesse sentido, seguindo todos os protocolos de segurança, o lugar pequeno e com poucos lugares manteve os preços dos drinques em R$ 37.
“O que fazemos para não ter um aumento de custo é ter bons parceiros, tanto fornecedores quanto marcas”, diz Felipe Rara, bartender da casa.
Bares
A tabela de preços para os bares pode ser um revés para o setor. A tabela para os bares costuma ser anual. Então, até o momento, não houve um impacto forte da variação do câmbio na compra de bebidas. Portanto, fica para o proprietário buscar um bom fornecedor e fazer um bom negócio com a virada do ano.
Durante o período mais duro da quarentena, um sócio-investidor fez um aporte e não dependeu do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
“Mas temos dívidas a pagar”, afirma Bruno Bocchese, sócio do Fel e do Cama de Gato, também na região central paulistana. O Mandíbula, outro bar de Bocchese, não sobreviveu à crise e fechou no início de abril.
“No Cama de Gato, tenho parceria com a Ambev, sendo a Becks o carro-chefe”, afirma o empresário. Todavia, a situação do bar é diferente do Fel. Com um público mais jovem, o Cama de Gato sentiu o impacto na diminuição da renda dos clientes.
“O movimento caiu cerca de 30%, são perfis bem diferentes de consumidor”, diz.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD). Taxa de desemprego aumenta durante a crise do coronavírus
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação, ou seja, de desemprego no Brasil ficou em 14,3% sendo que no trimestre de agosto a outubro de 2020 cresceu 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho, que ficou no valor de 13,8%, o que representa 2,7 pontos percentuais frente ao mesmo trimestre de 2019. A população desocupada, estimada em mais de 14 milhões, cresceu 7,1% e isso representa mais 931 mil pessoas frente ao trimestre anterior.
Taxa de desemprego aumenta, comparada com 2019
A população com algum tipo de emprego formal está na casa dos 84,3 milhões de pessoas e subiu 2,8% frente ao trimestre anterior, mas caiu 10,4 se compararmos ao mesmo trimestre de 2019. O nível de ocupação subiu 0,9 ponto percentual frente ao trimestre anterior, mas também caiu na comparação com o mesmo trimestre de 2019.
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Na ausência de acordos globais, espera-se que o nacionalismo de vacinas e a trapaça geopolítica proliferem nos próximos meses. Veja os obstáculos e possibilidades sobre a vacinação contra covid-19, em análise nos cenários para Europa, e que devemos aprender.
O grande lançamento da vacinação contra covid-19 iniciou, finalmente. O desenrolar das coisas definirá o ano que se inicia e a velocidade com que a vida na Grã-Bretanha e em todo o mundo voltará ao normal.
Até agora, cinco vacinas receberam aprovação de emergência. No oeste, as fotos da Moderna, Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca agora vão para os braços das pessoas.
A vacina Sputnik V está sendo usada na Rússia, Bolívia e Bielo-Rússia. E na China, onde as autoridades têm inoculado os trabalhadores-chave dos soldados desde o verão, o Sinopharm obteve aprovação geral na semana passada.
É tentador pensar que será fácil navegar a partir daqui. Os planos de pandemia ocidentais sempre se basearam (até demais, como resultou) na rápida distribuição de vacinas e antivirais . Podemos ter lutado com intervenções não farmacêuticas, segue uma certa lógica, mas a grande corrida das vacinas está sendo disputada em casa. Não é de admirar que os políticos vejam a luz no fim do túnel.
foto: Reuters/Dado Ruvic/Direitos Reservados
Vacinação contra covid-19 no mundo
Mas a Terra é o lar de 7,8 bilhões de pessoas e quase todo mundo quer uma chance. Para acabar com a pandemia e impedir que o vírus volte constantemente, as nações precisarão se unir e inocular a maioria dos cidadãos do mundo. A vacinação contra covid-19 precisa ser global.
Portanto, espere ver muito mais do gráfico abaixo em 2021. Atualmente, Israel está à frente do grupo. Por lá, começou uma campanha de vacinação em massa há menos de duas semanas e já atingiu 10 por cento de sua população. No Reino Unido – um país muito maior – está se aproximando de 2% de cobertura. Mas para o mundo como um todo, o número é inferior a 0,1 por cento.
“A vacinação é a saída para isso”, diz a Dra. Clare Wenham, professora assistente de política de saúde global na London School of Economics. “Mas as barreiras logísticas e políticas vão persistir”.
Muito certo. Na ausência de acordos globais, espere que o “nacionalismo vacinal” e a trapaça geopolítica proliferem nos próximos meses.
Os serviços de segurança britânicos já estão em alerta máximo. Embora talvez seja uma desculpa conveniente para se basear em dados nada lisonjeiros, funcionários graduados de Whitehall dizem que não podem falar em detalhes sobre o fornecimento de vacinas por medo de que as remessas recebidas sejam alvo de gangues do crime organizado e Estados hostis.
Então, como pode ser o próximo ano para a Grã-Bretanha? O país vai prosperar ou quebrar novamente? Haverá cooperação ou o lançamento global da vacina será mais parecido com um episódio de Wacky Racers? Aqui estão três cenários: o bom, o ruim e o feio.
O melhor cenário da vacinação contra covid-19
O melhor cenário é a previsão otimista de Boris Johnson de liberdade até a Páscoa se concretizar.
A Grã-Bretanha consegue aumentar o fornecimento e a distribuição de vacinas rapidamente e inocula seus 25 milhões de cidadãos mais vulneráveis ??no início de abril.
As hospitalizações despencam e a ameaça de sobrecarga de saúde e outros serviços essenciais se dissipam rapidamente, permitindo que bloqueios e outros distanciamentos sociais sejam cuidadosamente resolvidos a partir de 1º de abril.
Embora a oferta de vacinas seja apertada no início, a estratégia de priorizar as primeiras doses, inicialmente vista como uma aposta por alguns , prova ser uma virada de jogo e é copiada em todo o mundo. Há até apelos para que seu criador, o ex-primeiro-ministro Tony Blair, volte à política da linha de frente.
As mortes da terceira onda de Covid-19 (aquelas registradas nos primeiros seis meses do ano) eventualmente permanecem abaixo do primeiro pico, mas ainda estão em torno de 36.000 – o melhor cenário na modelagem atual do Reino Unido .
Somos ajudados pelo clima. Uma primavera tão quente e brilhante quanto a do ano passado eleva o clima nacional e ajuda a reduzir a transmissão, enquanto as pessoas aproveitam ao máximo o ar livre novamente.
Resultado esperado
Melhor ainda, dados mostrando que as vacinas reduzem tanto a transmissão quanto as doenças foram anunciados em março pela Public Health England.
Os jabs da Pfizer e da Moderna baseados em RNA acabam sendo “esterilizantes”, o que significa que eles param totalmente a transmissão. A vacina Oxford Astra-Zeneca reduz a transmissão em 60 a 70 por cento, e a possibilidade real de a Grã-Bretanha obter imunidade coletiva vem à tona.
Britânicos vacinados começam a receber “passaportes de vacina” e as viagens internacionais começam novamente para aqueles que foram vacinados a tempo das férias de verão.
A estratégia da Força-Tarefa de Vacinas do governo também compensa. Não apenas os suprimentos iniciais chegam como prometido, mas, em agosto, estaremos nadando no material, com quase todas as 355 milhões de doses encomendadas entregues ou a caminho dos centros de vacinas do NHS.
A Grã-Bretanha usa a vacina extra para inocular 80% da população até novembro, obtendo com sucesso a imunidade coletiva.
Ao mesmo tempo, distribui dezenas de milhões de doses para baixa e média renda em todo o mundo, ajudando a acabar com a crise global e impulsionando nossa posição internacional.
No final do ano, a economia está acelerando rapidamente e um novo ano 20 ruidoso começa .
Consciente de como as desigualdades podem armazenar problemas para o futuro, o governo estabelece uma nova agenda radical de “nivelamento” para garantir que os ganhos do boom sejam compartilhados igualmente por todo o país.
Os especialistas começam a se referir à Grã-Bretanha como a nova e velha Suécia.
O Cenário ruim
A Grã-Bretanha é atingida não apenas pelo azar, mas por uma série de maus atores.
A distribuição de vacinas, atualmente em torno de 250.000 doses por semana, permanece teimosamente baixa e chega a nada perto dos dois milhões de vacinas por semana que a modelagem sugere serem necessárias .
Os contratos assinados pela Força-Tarefa de Vacinas provam não ter sido redigidos com firmeza suficiente, e potências maiores, principalmente a UE e os Estados Unidos, se mobilizam para enxugar a maior parte dos suprimentos iniciais.
Dos condados menores, apenas aqueles com longa prática nas artes sombrias de manobras geopolíticas obtêm as vacinas de que precisam com rapidez suficiente.
Na Páscoa, as mortes atingiram o pico acima dos níveis de 2020 em Londres e no sudeste, e se espalharam rapidamente pelo resto do país. O total de mortes de Covid-19 nos primeiros seis meses do ano atingiu quase 85.000 na virada do verão.
O NHS cambaleia até abril, mas fica sobrecarregado, forçando os ministros a autorizar uma política de “triagem populacional” que ela redigiu secretamente após o Exercício Cygnus em 2016, mas nunca tornou pública.
Um bloqueio nacional de “nível cinco”, que está em vigor desde meados de janeiro, foi mais uma vez estendido.
A situação da Grã-Bretanha é agravada pela comparação internacional. Enquanto grandes partes da Europa Ocidental e da América estão se juntando à China e ao Leste Asiático para se abrirem novamente, o Reino Unido permanece firmemente bloqueado.
Para completar, enquanto as vacinas Pfizer e Moderna demonstram interromper a transmissão, a vacina Oxford demonstrou ter pouco impacto na disseminação do vírus.
Isso coloca os “passaportes para vacinas” fora do alcance da maioria dos britânicos, aumentando a sensação de isolamento do país.
Os especialistas observam que, no século passado, os loucos anos 20 também se limitaram à Europa continental e à América.
O cenário pessimista da vacinação contra covid-19
Não é bonito por definição, mas tem menos a ver com os outros.
Em meados de janeiro, o país é atingido por uma nova “Besta do Oriente” . Os montes de neve, o frio intenso e as estradas geladas tornam o lançamento de uma vacina já difícil para os cidadãos mais vulneráveis ??da Grã-Bretanha quase impossível.
Os idosos e os frágeis simplesmente não conseguem sair de suas casas para as centenas de postos de vacinação criados para eles.
O mau tempo estica ainda mais os recursos do NHS e acelera a transmissão do vírus, que prospera no ar frio e seco.
A oferta de vacinas também permanece restrita, não porque outros a estejam comprando, mas porque as cadeias globais de abastecimento não conseguem acompanhar a demanda.
Embora grandes quantidades de vacinas sejam produzidas em fábricas em todo o mundo, especialmente na Índia, a escassez de produtos de acabamento e embalagem significa que muito pouco vai além dos portões da fábrica até a primavera.
Pior ainda, a estratégia de vacinar os mais vulneráveis ??começa a desmoronar à medida que governos em todo o mundo cedem às crescentes demandas de interesses adquiridos.
O impacto dos jabs no alívio da pressão sobre os serviços de saúde na Grã-Bretanha e em todo o mundo é, portanto, bastante reduzido.
As mortes na Grã-Bretanha continuam em uma trajetória ascendente no meio do verão e o país permanece fechado. Ao mesmo tempo, o risco de outra mutação aumenta – até porque apenas uma injeção foi aplicada à maioria dos vacinados.
“Estou preocupado que Sars-Cov-2 possa começar a aparecer com mutantes que não são apenas mais transmissíveis, mas mais letais”, disse o Dr. Peter Daszak, presidente da EcoHealth Alliance.
“Não há evidências disso ainda, mas mesmo um aumento marginal na letalidade, ou um aumento de um ou dois por cento no número que acaba com a Covid grave, levaria a balança ao desastre em muitos países onde a Covid já está atingindo o pico.
Você sabe o custo de um voto por candidato a prefeito e vereador? Levantamento do Observatório Social do Brasil, na cidade de Limeira, em São Paulo, aponta que cada voto dos eleitores limeirenses custou, em média, R$ 13,76 aos cofres públicos. Em comparação com as eleições municipais de 2016, houve um aumento de 54% no custo do voto, quando foi de R$ 8,92. O somatório das despesas de campanha declaradas pelos candidatos a prefeito de Limeira, em 2020, foi de R$ 1.925.725,87. Ao todo, contabilizaram 139.998 votos válidos.
O custo do voto para vereadores também cresceu entre as últimas eleições municipais. Em 2020, as campanhas para o legislativo custaram R$ 433.871,60, considerando um total de 33.621 votos válidos. Assim, cada voto custou em média R$ 12,90, enquanto que em 2016, o custo ficou em R$ 10,39 – um aumento de 20,25%.
Fontes de Financiamento de candidato a prefeito e vereador
Em 2020, o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha foi de R$ 2,03 bilhões para todo o País. Esse valor é distribuído entre partidos políticos devidamente registrados noTribunal Superior Eleitoral, para que possam financiar as campanhas de seus candidatos, dentro do limite de gasto, determinado pela Justiça Federal. Além disso, é obrigatória a aplicação de 30% dos recursos em candidaturas femininas. Todavia, em municípios com até 10 mil habitantes (54% dos municípios brasileiros), o teto de gastos é de R$ 123 mil para prefeito e R$ 12 mil para vereador. Já na cidade de São Paulo – maior colégio eleitoral brasileiro – o limite é de R$ 51 milhões para prefeito e R$ 3,6 milhões para vereador.
Os partidos também podem recorrer ao financiamento coletivo, através de plataformas devidamente registradas junto à Justiça Eleitoral. Nesse sentido, doações de empresas não podem ocorrer, e os valores doados individualmente não podem passar de 10% dos rendimentos anuais. O candidato também pode fazer uma autodoação, mas com o teto de 10% do limite de gastos estabelecidos para o cargo em disputa.
O professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, Carlos Machado, explica de onde provêm os recursos de campanha.
Candidato a prefeito e vereador e seus recursos
“A partir de 2018, vamos ter um volume maior de recursos públicos aportando para campanhas políticas. Antes disso a maior parte do recurso era privada. Nos dados de 2016, a média desse cálculo, de receita de campanha divido pela quantidade de votos que cada candidato obteve, foi de 48 reais”. Segundo o professor, o cálculo de 2016 leva em conta um percentual maior de recursos privados, se comparado ao pleito deste ano.
O cientista político e advogado especialista em direito público, Nauê Bernardo Azevedo, destaca a importância do cálculo do voto.
“Saber o custo médio do voto é necessário para que os agentes públicos possam se movimentar, para entender o que torna uma campanha política tão cara, e o que pode ser feito para afastar esses custos, que – no fim das contas – são nocivos a democracia”, explica.
O especialista Nauê Bernardo Azevedo chama atenção para a dificuldade em levantar recursos para campanhas eleitorais, o que pode afastar os novatos na política.
“Já vivemos um cenário no qual o financiamento por entes privados de campanha ficou bastante difícil, porque as pessoas jurídicas não podem fazer doações. E as pessoas físicas têm um limite de doação. Então o levantamento de recursos por pessoas neófitas na política acaba se tornando uma tarefa bastante árdua”, aponta. De acordo com o professor da UnB, Carlos Machado, para dizer se o custo de um voto foi caro ou barato, é preciso olhar cada candidato individualmente.
“Pessoas ligadas às igrejas vão ter um custo de voto mais baixo, porque não precisam investir tanto em campanha de visibilização das suas candidaturas; os contatos comunitários já vão permitir isso. Também os candidatos à reeleição já possuem uma exposição prévia e vão precisar investir menos, para conseguir ter um retorno de voto mais elevado”, explica.
Observatório Social do Brasil
O OBSé um espaço para o exercício da cidadania, democrático e sem partido, que já está presente em 150 municípios, em 17 estados brasileiros. O objetivo é contribuir com a melhoria da gestão pública, prevenção da corrupção e controle dos gastos públicos. Cada Observatório Social reúne o maior número possível de representantes da sociedade civil, como empresários, profissionais, professores, estudantes, funcionários públicos e outros cidadãos brasileiros, que se entregam voluntariamente à causa da justiça social.
O trabalho técnico consiste em uma metodologia de monitoramento de compras públicas, em nível municipal, desde a publicação do edital de licitação até o acompanhamento da entrega do produto ou serviço, para que possa agir preventivamente no controle social dos gastos públicos.
Reportagem sobre “candidato a prefeito e vereador” é uma parceria com Brasil 61 e OBS