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  • Empregabilidade de Jovens: é necessária a mobilização do setor privado

    Além de programas governamentais, como o Jovem Aprendiz, é importante reforçar o papel de parcerias entre instituições privadas e do terceiro setor para auxiliar essa camada da população, que está entre as mais afetadas pelo desemprego. Veja como é possível ampliar a empregabilidade de jovens.

    Recentemente, a Câmara dos Deputados se reuniu para analisar o Estatuto do Aprendiz, Projeto de Lei 6461/19, que estabelece condições sobre contratos de trabalho, cotas nas empresas, formação profissional e direitos do Jovem Aprendiz. Esse novo marco legal para trabalho e capacitação de jovens entre 14 e 24 anos pode aumentar a empregabilidade destes jovens, que historicamente estão entre as mais afetadas pelo desemprego no Brasil.

    No entanto, alguns pontos da legislação ainda geram divergências, como é o caso da cota mínima de 5% para contratação de aprendizes. Enquanto algumas empresas demandam mão de obra altamente especializada ou trabalhos insalubres, inadequados para profissionais inexperientes, outras já ultrapassam essa cota por tradicionalmente empregarem os mais jovens, como acontece no setor de telemarketing.

    Outro fator importante é a remuneração, que em alguns casos pode ser mais atraente em vagas que não se enquadram no programa, mas que exigem maior qualificação dos candidatos. Com crise econômica e baixa oferta de novas colocações no mercado, os jovens ficam para trás quando precisam concorrer com candidatos mais experientes e com maior escolaridade.

    De acordo com o último levantamento do IBGE, a taxa de desocupação entre adolescentes de 14 a 17 anos é de 39%, diante de 23% na faixa de 18 a 24 anos. Para amenizar esse problema social, é preciso mais do que programas governamentais para empregabilidade e ensino técnico para os jovens. A mobilização do setor privado e de ONGs é necessária para que haja maior oferta de cursos voltados ao mercado e postos de trabalho destinados a esses públicos.

    Mobilização do empresariado

    Um exemplo de sucesso nesse sentido é o Instituto PROA, que, por meio de cursos preparatórios para o primeiro emprego e parcerias com empresas empregadoras, já inseriu milhares de jovens no mercado de trabalho. “Mais de 9.500 jovens já passaram pelos nossos cursos profissionalizantes ao longo de 15 anos, com uma taxa de empregabilidade de 85% em até 6 meses pós-curso. Com o projeto PROPROFISSÃO, são mais de 1.100 jovens trabalhando e empregados nos últimos 3 anos. Já com a Plataforma PROA, em 10 meses após a formação da primeira turma já temos 972 jovens trabalhando, em breve chegaremos a mil”, afirma Alini Dal’Magro, CEO da organização.

    De acordo com a gestora, a parceria entre institutos educacionais e empresas é fundamental para que esses esforços gerem bons resultados. “O engajamento de empresas é muito importante, principalmente aquelas que destinam vagas exclusivas para os jovens e oferecem reais oportunidades para que continuem no processo de desenvolvimento e construção da carreira. Por isso, precisamos sempre expandir nossa rede de relacionamento com organizações que possuam, em suas agendas, pautas voltadas para a transformação e inclusão social de jovens de baixa renda no mercado de trabalho”, reforça.

    “Muitas empresas recrutam funcionários que nem sempre são os mais preparados para as posições, por não possuírem alguns requisitos básicos. O nosso papel é suprir essa demanda, por meio de treinamentos gratuitos”, explica Alini. “As empresas, de forma geral, reconhecem o trabalho da instituição e sabem da importância de projetos como o PROA como porta de entrada. Quem está na linha de frente do recrutamento sabe das dificuldades para contratar profissionais que entendam os códigos corporativos a serem seguidos, tanto em uma entrevista, como após a aprovação dos processos seletivos e tarefas iniciais”.

    Desenvolver os talentos

    De acordo com a agência de notícias da Câmara dos Deputados, as oportunidades para os profissionais menos experientes ainda se concentram em determinados setores, como o de serviços por telefone, que tem 63% de jovens entre os contratados. Essa taxa é bem previsível, já que mesmo o ensino regular incentiva as habilidades de comunicação desde cedo, e essas podem ser aperfeiçoadas em treinamentos oferecidos pelas empresas.

    Os jovens que se identificam com outras áreas podem demorar mais na inserção ao mercado, buscando ensino técnico e graduações. No entanto, as parcerias entre ONGs e empresas podem agilizar esse processo de busca pela primeira experiência.

    Programas como a Plataforma PROA, por exemplo, incluem treinamentos técnicos patrocinados. O projeto inclui 6 carreiras à escolha do aluno, com 50 horas de preparação para cada: Análise de Dados (patrocinado pelo iFood), Varejo (Via – Fundação Casas Bahia), Administração (P&G), Logística (P&G), UX Design (Accenture) e Promoção de Marcas (BRF).

    Demandas do mercado

    Enquanto muitos setores sofrem com a crise econômica, a área de tecnologia de informação apresenta uma oferta crescente de postos de trabalho. “Segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais – Brasscom, teremos um apagão de talentos no Brasil nos próximos anos, fato que já é sentido de forma bem latente pelas empresas –o que ficou ainda mais acentuado após a pandemia, com os processos acelerados de transformação digital nas organizações. Considerando que as taxas de desemprego crescem de forma expressiva, ano após ano, fica claro que não há mão de obra especializada para atender a demanda de mercado”, analisa a especialista.

    Para estimular os jovens a conhecerem melhor essa área tão promissora, é importante que também haja oferta de cursos técnicos de programação. “No PROPROFISSÃO, nosso curso de tecnologia, podemos afirmar que há certamente um grande gargalo de profissionais de tecnologia no mercado de forma geral. Entretanto, as empresas possuem um nível de exigência e senioridade na contratação em cargos iniciais, que nem sempre as formações profissionalizantes são capazes de suprir”.

    Além de colaborarem com a oferta de vagas, as empresas devem ter a consciência de seu papel no aprendizado dos jovens funcionários, principalmente quando se trata de primeiro emprego. Nesse sentido, o planejamento conjunto com as instituições de ensino é um modelo ideal. “Nós reforçamos o papel das empresas no processo de formação e amadurecimento do profissional recém-formado, alinhando que haverá competências técnicas que deverão ser trabalhadas pelas companhias com treinamentos, disponibilização de cursos extras, programas como ‘shadow’, por exemplo, e muitas outras frentes que podem contribuir para essa evolução”, ressalta Alini.

    Sobre Alini Dal’Magro

    Alini é mestra em Empreendedorismo pela Universidade de São Paulo – USP, possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Apresenta experiências acadêmicas na Universidad Nacional del Litoral – UNL (Argentina) e na Western University – Ontário (Canadá). Atuou como Head da Unidade de negócios de ensino técnico na Somos Educação e PMO responsável pela fusão da Saraiva Educação. Foi diretora de consultoria e cursos on-line do Instituto Singularidades. Tem experiência com novos negócios, concepção e desenvolvimento de cursos on-line, liderança de equipes multidisciplinares, consultoria, transformação digital e estruturação de empresas. Atualmente é CEO do Instituto PROA e Top Voice no LinkedIn.

    Sobre o Instituto PROA

    O Instituto PROA foi fundado em 2007 com o objetivo de auxiliar jovens de baixa renda a ingressarem no mercado de trabalho, dividindo conhecimentos sobre carreiras, planejamento, autoconhecimento para vocações e comunicação. Desde então, já formou milhares de alunos com seus dois principais projetos, Plataforma PROA – preparação para o primeiro emprego – e PROPROFISSÃO – curso de programação para quem deseja ser um desenvolvedor Java Junior. Atualmente, o projeto atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

    https://www.proa.org.br/

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    Empregabilidade de Jovens: é necessária a mobilização do setor privado
    Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA Crédito Guto Garrote

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  • Jovens no Mercado de Trabalho: ONG de Diadema auxilia na inserção

    Desenvolvimento social, educação e oportunidade. Esses são os três pilares de atuação da Rede Cultural Beija-Flor, uma Organização Não-Governamental que atua há 28 anos na cidade de Diadema, na Grande São Paulo, ajudando crianças e jovens, com idades entre 6 e 24 anos, em situação de risco ou vulnerabilidade social, na inserção no Mercado de Trabalho.

    A organização busca, por meio de ações voltadas para as áreas da assistência e promoção social, educação, cultura, esporte, educação socioemocional, nutrição e gastronomia, inclusão digital, orientação vocacional e orientação profissional, promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos usuários.

    Somente em 2021, foram 2.820 pessoas impactadas. Destas, 425 são crianças e jovens matriculados nas atividades, 122 alunos do curso feito em parceria com o Sebrae, Senac e Senai, 202 famílias da comunidade, 283 familiares dos matriculados, 40 indígenas e 39 pelo Sistema S (conjunto de organizações voltadas para treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica).

    No ano anterior, a organização acompanhou 273 famílias, com 2.184 beneficiários diretos. Além disso, foram mais de 56 toneladas de alimentos arrecadados, 524 livros e revistas e 2.500 máscaras de proteção facial, disponibilizados por meio de doações. Do ano passado para cá, a entidade tem atuado com mais força na área assistencial e, com o apoio de patrocinadores, traz um trabalho de saúde mental para as famílias, com o suporte de psicólogos.

    Já em 2021, o foco da ONG é na ajuda aos jovens, dando-lhes o necessário para a sua inclusão digital, reforço nas áreas de matemáticas e linguagens, voltado para crianças com déficit de aprendizagem. “Estamos em uma fase de consolidar o nome da Beija-Flor na questão de preparar os jovens para o mercado de trabalho. Sempre demos muito enfoque à cultura e, nos últimos três anos, entendemos que, além disso, é importante formá-los para o mercado de trabalho. A ideia é ensiná-los a pescar e não dar o peixe a eles”, esclarece Juliana Meyer, presidente da Rede Cultural Beija-Flor.

    Jovens no Mercado de Trabalho: ONG de Diadema auxilia na inserção
    Foto: Rede Cultural Beija-Flor

    Programas

    Dentre os projetos promovidos pela organização está o ‘Néctar’, no qual adolescentes com idades entre 14 e 16 anos têm uma orientação vocacional para, assim, aumentarem suas perspectivas de futuro nas áreas educacionais e profissionais. Dentre os aspectos abordados no projeto estão cidadania, esporte, cultura, ensino técnico e língua estrangeira, comunicação, práticas filosóficas para uma boa convivência, entre outros. Busca, ainda, mostrar a esses jovens diferentes realidades do mercado de trabalho, funções e ramo de atuação.

    A entidade conta ainda com o projeto ‘Tesouros da África’. Ele remete à reflexão sociocultural e étnica por meio dos ritmos afro-brasileiros e como isso reverbera na linguagem atual para jovens de comunidades periféricas, dançarinos de Breaking e diversos segmentos da Dança de rua.

    Na gestão, há a participação da diretora-executiva, Ivone Silva. Sua trajetória na área social se inicia aos 16 anos, atuando como arte-educadora no sertão de Pernambuco. Aos 24 anos, em 2004, entra na Rede, ao participar de um processo seletivo para jovens com perfil de liderança juvenil, para coordenar 25 jovens em um programa social ao lado do fundador. Após um ano como voluntária, tornou-se a primeira coordenadora da entidade. Hoje, já são 18 anos fazendo parte da equipe administrativa da ONG. “Sou suspeita para falar, mas a Rede Cultural Beija-Flor tem ações lindas. Um trabalho feito com muito amor, muita dedicação e muito resultado. Nós dependemos de investimento, apoio e buscamos mostrar à sociedade nosso empenho em fazer dar certo, para que as pessoas possam acreditar”, afirma.

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    Foto: Rede Cultural Beija-Flor

    Prêmios

    A atuação da RCBF também trouxe algumas premiações, nacionais e internacionais. Em 2008, a ONG ficou entre as doze finalistas da conceituada premiação Urban Age. O prêmio é oferecido, todos os anos, pelo Deutsche Bank. Ela também foi angariada com o Prêmio Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil, Prêmio Cultura e Saúde, concedido pelo antigo Ministério da Cultura e Assistência Social (ambos de concorrência nacional) e o Prêmio WOCA 2015 (que contou com a participação de 101 países). Além disso, foi reconhecida como instituição de Utilidade Pública para a cidade e o Estado de São Paulo.

    História

    Seu sócio-fundador, o norueguês Gregory John Smith, ficou muito impactado com a situação das crianças que viviam em situação de rua no Brasil. Como já fazia parte de outros projetos sociais pelo mundo, surgiu a vontade de construir a própria obra social voltada para a recuperação de crianças em situação de rua, em São Paulo. Criou, então, em 1992, a RCBF.

    A Rede Cultural Beija-Flor conta, atualmente, com três unidades, cada uma com um perfil de trabalho. A matriz foca nas ações culturais. A Unidade II – Núcleo Comunitário Sítio Joaninha possui projetos de empreendedorismo juvenil na Educação Nutricional. Com o “Nutri-ação”, um programa de cozinha-escola, auxilia os jovens na produção de geleias artesanais e pães para venda. Em parceria com o Sebrae, a ONG está desenvolvendo um plano de negócio, para buscar a melhor forma de trabalhar com os itens e desenvolver uma linha maior de produção.

    Já na Unidade III – Núcleo de Comunicação Olhar Social, há o desenvolvimento de projetos de formação nas áreas de comunicação e conectividade, com oficinas de captação de vídeos, imagem, além de um estúdio de gravação profissional.

    Dentre os apoiadores da entidade estão Grieg Foundation, Bob Bygger Fellesskap, Fundação Balder, Odfjell, Granel Química, Borregaard LignoTech, Wings of Support, Mentor Media, Bloomberg, Pacheco Neto Sanden Teisseire, Instituto Devolver, FEA Social, Ashoka e Palas Athena. Além disso, possuem um parceiro estratégico, o Kolibri Carf (Fundação Criança em Risco), cuja principal participação é articular cooperações com empresas, escolas e também pessoas físicas, a fim de viabilizar os projetos sociais realizados no Brasil pela RCBF.

    Para doações, empresas podem destinar parte do seu imposto de renda para a organização. Pessoas físicas e jurídicas podem ajudar por meio de notas fiscais paulistas, doação via PayPal, financeira ou voluntariado. No caso das pessoas jurídicas, há ainda a possibilidade de adotar um projeto ou realizar a doação de produtos e serviços.

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