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  • Inclusão e diversidade: 57% dos profissionais negros levam em conta para escolher empresa para trabalhar

    Segundo o último censo do IBGE, 54% da população no Brasil é negra. No entanto, ainda são poucas as empresas brasileiras que focam em atrair esses talentos. Em parceria com o Instituto Guetto, o Indeed, site número 1 de empregos no mundo, realizou uma pesquisa com 245 profissionais negros para entender suas percepções sobre o mercado de trabalho atual no Brasil, com relação a fatores, como inclusão e diversidade, e outros.

    Segundo a pesquisa, 17% dos profissionais declararam já ter mudado de emprego por conta de práticas racistas nas empresas. Ainda, 44.5% dos profissionais consideraria trocar de emprego se sofresse ou presenciasse discriminação racial. De acordo com dados do IBGE, em 2020 o desemprego entre negros no Brasil foi 71% maior do que entre brancos.

    Para Vitor Del Rey, presidente do Instituto Guetto, os dados refletem que as empresas precisam abordar essas questões internamente e se esforçar para aumentar o senso de pertencimento de seus colaboradores, o que vai afetar diretamente a retenção de talentos. “O racismo é um grande desafio no processo de contratação e na vivência corporativa. A discriminação contra pessoas negras e pardas aparece de várias formas no dia a dia da empresa, mas começa já nos processos de seleção e promoção de vagas”, afirma.

    “É necessário que as empresas fomentem uma cultura aberta às pessoas negras a partir de uma educação racial do setor de RH e com os demais funcionários da empresa. Os profissionais negros precisam se sentir respeitados, ouvidos, pertencentes e capacitados na instituição desde o processo de seleção até cargos de prestígio”. Para Del Rey, as empresas perdem por não investir em políticas internas de RH para integração e inclusão desses profissionais.

    Como as empresas podem promover diversidade?

    Segundo os dados do Indeed, é possível destacar algumas ações que as empresas podem considerar para promover a diversidade racial. 72% dos profissionais entrevistados acreditam que as empresas deveriam ter funcionários negros atuando diretamente no processo de recrutamento e seleção, para serem mais inclusivos com esses profissionais durante todo o processo. Além disso, 65% entende que a participação de profissionais negros em processos decisórios e tomada de decisão ajuda a empresa a se tornar mais inclusiva.

    Para mudar o cenário de discriminação nos processos de contratação, 34% dos profissionais entrevistados acreditam que processos seletivos só para negros são eficazes para o aproveitamento de talentos de pessoas negras de uma maneira mais inclusiva. Apesar de gerar controvérsias, a medida é importante por reconhecer o racismo histórico no Brasil e um esforço para tentar repará-lo.

    Atualmente o preconceito racial está presente, por exemplo, quando profissionais negros, mesmo quando ocupam os mesmos cargos, ganham 30% a menos que os brancos, segundo o IBGE. Ainda de acordo com a pesquisa do Indeed, após salários, benefícios e crescimento profissional, o fator decisivo para 57% dos profissionais negros entrevistados ao escolherem a empresa que querem trabalhar é o nível de engajamento da organização com a inclusão e diversidade.

    Metodologia da pesquisa

    Todas as porcentagens apresentadas são dados coletados da pesquisa conduzida pelo Indeed em colaboração com o Instituto Guetto em março de 2021. Através de entrevistas em um painel online com 245 profissionais negros, a pesquisa buscou entender suas percepções sobre o mercado de trabalho atual no Brasil, desde a busca por empresas até suas vivências dentro delas e o impacto em suas carreiras.

    Sobre o Indeed

    Mais pessoas encontram empregos no Indeed do que em qualquer outro lugar. O Indeed é o site de empregos nº1 do mundo e permite que os candidatos pesquisem milhões de empregos na web ou em dispositivos móveis em mais de 60 países e 28 idiomas. Mais de 250 milhões de pessoas procuram empregos, publicam currículos e pesquisam empresas no Indeed.4 Para mais informações, visiteindeed.com.br

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    Inclusão e diversidade

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  • Índice de Confiança do Consumidor cai em janeiro, segundo FGV

    O Índice de Confiança do Consumidor manteve, em janeiro, a trajetória de queda iniciada em outubro do ano passado. Em relação a dezembro a queda foi de 2,7 pontos e ficou com 75,8 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. Foi o menor valor desde junho de 2020, quando atingiu 71,1 pontos, no início da fase de recuperação das perdas sofridas por causa da pandemia de covid-19.EbcEbc

    Os dados divulgados nesta terça-feira (26) pela Fundação Getúlio Vargas, mostram que este mês houve piora tanto na percepção dos consumidores em relação ao momento atual, quanto das expectativas para os próximos meses.

    Em relação às perspectivas sobre a situação financeira das famílias, após três meses de quedas consecutivas, o indicador acomodou em janeiro, ao variar apenas 0,2 ponto. Com perspectivas mais pessimistas, consumidores sinalizam também um menor ímpeto de compras, isto porque o indicador registrou em janeiro o menor patamar desde julho de 2020.

    A economista da FGV, Viviane Seda Bittencourt, explicou que a trajetória de queda da confiança do consumidor por quatro meses seguidos, reflete a preocupação com os rumos da situação econômica do país e com a intensidade da pandemia. As famílias continuam adiando o consumo.

    Em parceria com Agência Brasil.

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    Índice de Confiança do Consumidor
  • Dia Nacional da Alfabetização: poucos avanços na área

    Segundo especialistas, o País está longe de alcançar meta de erradicação do analfabetismo em 2024

    Neste próximo sábado (14), o Brasil celebra o Dia Nacional da Alfabetização, data comemorada há mais de 50 anos com o objetivo de difundir a importância da leitura e da escrita. Um dia que deveria ser celebrado mas ainda mostra números relevantes de brasileiros analfabetos. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11 milhões de cidadãos com 15 anos ou mais ainda não sabem ler e escrever. Entre 2018 e 2019, a taxa de analfabetismo teve uma leve melhora, passando de 6,8% para 6,6%.

    Emocionada, Rita Romão de Brito, 54 anos, moradora do Riacho Fundo 2, região administrativa do Distrito Federal, lamenta o fato de não saber ler e escrever. O que mais incomoda a dona de casa é ter que depender de outras pessoas em situações simples, como obter informações no banco.

    “É difícil tenho que depender dos outros. Existe muita maldade. Algumas pessoas te passam para trás. Eu por exemplo, em certas situações, faço a mesma pergunta para mais de uma pessoa”, lamenta.

    Aproximadamente 12 quilômetros de onde vive dona Rita, em Taguatinga, Maria Clara Falcão, 6 anos, vive uma realidade bem diferente. A pequena foi alfabetizada com 5 anos e tomou gosto pela leitura. “Quando aprendi a ler comecei com gibis e outras histórias e fiquei super feliz. É muito legal na escola! Gosto muito de desenhar também!”

    Mas, infelizmente, essa não é a realidade de muitos brasileiros e assim como Rita muitas pessoas são analfabetas. Fazendo um recorte por regiões, é possível constatar uma enorme disparidade entre as taxas de analfabetismo em pessoas acima de 15 anos. Nas regiões Sul e no Sudeste, o índice é de 3,3%, o Centro-Oeste aparece em seguida com uma taxa de 4,9% e a região Norte, 7,6%. Já na região Nordeste o percentual é de 13,9%.

    Dia Nacional da Alfabetização

    Entre os brasileiros com 60 anos ou mais, os índices de analfabetismo são ainda maiores, alcançando 9,5% na Região Sul; 9,7% no Sudeste; 16,6% no Centro-Oeste; 25,5% no Norte; e 37,2% no Nordeste.

    A questão racial também tem grande impacto entre as pessoas que não sabem ler ou escrever. Enquanto a taxa de analfabetismo entre brasileiros da cor branca com 15 anos ou mais é de 3,6%, na população preta ou parda o índice alcança 8,9%, de acordo com o IBGE.

    Segundo o especialista em Educação, Afonso Galvão, a situação da Educação Básica no País ainda é precária. Ele afirma que é preciso um enfrentamento maior contra o analfabetismo. “Não sei se há muito o que comemorar. O que esses dados mostram é uma situação da Educação Básica que ainda é precária em termos de qualidade e que, quantitativamente, não atende a maior parte da população”, explica Galvão.

    Meta

    Em 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE), que tem entre as metas erradicar o analfabetismo a pessoas de 15 anos ou mais até 2024. A iniciativa também tem o objetivo de reduzir à metade a taxa do analfabetismo funcional.

    O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia, defende ações mais integradas do Governo Federal com estados e municípios. Segundo ele, no ritmo em que o problema vem sendo enfrentado, pode demorar mais de um século para que o analfabetismo seja erradicado no Brasil.

    “O recuo de 0,2% [entre 2018 e 2019] é um sinalizador que mostra que o País não vai conseguir vencer o analfabetismo mesmo daqui a 100 anos.”

    Analfabetismo funcional

    Outro gargalo a ser enfrentado pelo poder público brasileiro é reduzir o número de analfabetos funcionais. Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em 2018, pesquisa idealizada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, com apoio do Ibope Inteligência, 30% dos brasileiros integravam esse grupo. São considerados analfabetos funcionais, por exemplo, pessoas com dificuldades em interpretar textos simples ou resolver problemas matemáticos cotidianos.

    Outro lado

    A reportagem do portal Brasil61.com entrou em contato com o Ministério da Educação para obter informações sobre investimentos e medidas que estão sendo tomadas para combate ao analfabetismo, porém não obteve resposta.

    Fonte: Brasil 61