A Prefeitura de Santo André publicou neste sábado (17) decreto com as novas regras de funcionamento dos serviços da cidade, que entrará na fase de transição do Plano São Paulo a partir deste domingo (18). Com as medidas, o município de Santo André começa a reabertura gradual da sua economia, após período de intensificação das restrições para frear o avanço da Covid-19.
“Estamos colhendo os frutos do esforço conjunto de todos os andreenses. As medidas restritivas e a colaboração de cada munícipe surtiram efeito, as internações por Covid-19 estão em queda, o que nos permite de maneira segura e responsável retomar aos poucos as atividades econômicas”, afirmou o prefeito Paulo Serra.
A partir deste domingo está autorizado o funcionamento das atividades comerciais não essenciais, das 11h às 19h, observando-se o limite de 25% de ocupação da capacidade total. As atividades religiosas, que antes estavam suspensas, estarão liberadas até as 21h, também com limite de 25% de ocupação.
Entre os dias 18 e 23 de abril continuarão sem poder funcionar restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, atividades culturais, academias, e também escolas de dança e similares.
De acordo com o decreto, os restaurantes deverão manter fechados os acessos do público ao seu interior, podendo operar apenas pelos sistemas de delivery, retirada e drive-thru, através de realizações comerciais por meio de aplicativos, internet, telefone ou outros instrumentos similares, ficando autorizado o funcionamento do sistema até a meia-noite e o da retirada e do drive-thru até as 19h.
O decreto diz ainda que deverão permanecer em teletrabalho as atividades administrativas não essenciais.
A partir do próximo sábado (24) terá início uma nova etapa da fase de transição, com autorização de abertura de mais serviços.
No período de 24 a 30 de abril ficam autorizados a retomar o funcionamento presencial de suas atividades, observando-se o limite de 25% de ocupação da capacidade total, das 11h às 19h: restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, além de atividades culturais.
Os restaurantes e similares poderão funcionar no sistema delivery entre 19h e 0h. Academias, escolas de dança e similares também estão autorizados a abrir entre 24 e 30 de abril, das 7h às 11h e das 15h às 19h.
Até 23 de abril, todos os parques da cidade continuarão fechados.
Circulação e transporte –De acordo com o decreto do prefeito Paulo Serra, a circulação de pessoas e veículos estará restrita entre 18 e 30 de abril, das 22h às 4h, com exceção dos casos de necessidade, urgência e emergência.
O transporte coletivo municipal seguirá suspenso entre 22h e 4h até 23 de abril.
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Foto: Alex Cavanha/PSA
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Comerciantes do setor de bares, restaurantes e motéis do Riacho Grande, subdistrito de São Bernardo, estão unidos em prol da própria sobrevivência. O grupo está mobilizado e quer sensibilizar os governantes sobre a difícil situação pela qual estão passando e alertar que se as medidas não forem tomadas, vão falir! Eles alegam que querem apenas trabalhar, adotando todos os protocolos de saúde e segurança, para tentar recuperar os seus estabelecimentos.
O setor foi duramente afetado pelos impactos provocados pela crise em função da pandemia. Além de terem ficado fechados por longo tempo, os que permanecem no mercado ainda estão em fase restritiva de funcionamento e alertam que lhes restam pouco tempo de vida, caso a situação persista. Sem faturamento, os empresários não conseguem manter os custos com aluguel, impostos e funcionários.
Os estabelecimentos, que estão dentro da área de jurisdição do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), representam a luta e o alerta que vêm sendo defendidos pelo sindicato patronal. “Já lançamos a campanhaNão Somos os Culpados, Queremos Trabalharpara levar ao conhecimento de toda a sociedade a situação desse setor e que também impacta a vida de outras pessoas e famílias, pois se trata de um segmento importante na economia, gera emprego e renda. Não é possível que não seremos ouvidos”, ressalta o presidente do Sehal, Beto Moreira.
Outro fato que dobra a agonia dos empresários locais é o fato de o distrito ser ponto turístico. Por conta da situação, muitas atrações tiveram que ser fechadas, o que diminuiu o movimento e circulação de pessoas, já que pela tradição, após as visitas, os turistas encerravam o passeio com almoço ou lanche no centro do Riacho. “Essa ausência de turistas, tanto das cidades vizinhas, quanto de outras localidades e ainda os que estão de passagem, também afeta os motéis, que sentiram o movimento despencar com a crise”, acrescenta Beto.
Por isso, os empresários, a maioria de pequeno porte, tem se reunido frequentemente para buscar saídas. Já fizeram uma carreata até o Paço Municipal de São Bernardo do Campo e agora planejam um novo movimento, previsto para 15 de abril, desta vez incluindo também um panelaço.
Expectativa x realidade– Sandra Lopes, dona do Melos Café e Bistrot, restaurante que fica em um dos principais pontos de passagem no Riacho, na Estrada do Rio Acima, conta que já demitiu quatro funcionários. Antes, eram seis. “Estamos com muitas dificuldades, operando com 5% da capacidade, quase pagando para trabalhar, e sem condições de arcar com todo o orçamento. Temos que reabrir para voltar a trabalhar”, sugere.
Comerciantes do Riacho Grande: Sandra Lopes. Foto: Davi Bonfim
A empresária, tradicional comerciante de outro ramo de atividade, abriu o estabelecimento em agosto do ano passado, ainda na pandemia. “Tivemos a coragem de investir em um local onde conhecemos, já temos tradição, e na época acreditávamos que a situação iria mudar. Na verdade, fomos enganados com dados camuflados, pois a crise nunca melhorou. Precisamos de ajuda porque não dá para aguentar mais um mês”, revela.
Na atual fase vermelha do Plano São Paulo, medida do Governo do Estado lançada para evitar a propagação do novo coronavírus, voltou a permissão para o take away (retirada no local), sistema que representa o mínimo em vendas no seu estabelecimento, e também o delivery, modalidade em que ela não tinha normalmente. “Tanto um formato quanto o outro não é suficiente”, desabafa.
Quem também revela estar vivendo um pesadelo é Cassia Nascimento, dona do bar Carne e Cachaça, no centro do distrito. Ela e o marido, Fábio Reche, têm na atividade, a principal fonte de renda. “O nosso foco é o horário noturno, antes com música ao vivo e shows, atrações e tipo de atendimento que dependem dos clientes presencialmente. Mas, as pessoas não saem de casa e as vendas por retirada ou delivery são poucas. Na verdade, são amigos e clientes fiéis que estão nos ajudando. Não temos faturamento, já estamos trazendo dinheiro de casa, retirando o pouco que resta da poupança para nos mantermos abertos”, afirma.
Cássia e Fábio tocam o negócio sozinhos. “Tivemos que demitir os únicos dois funcionários”. O jeito foi fazer um malabarismo com as finanças e reorganizar o estoque de mercadorias no ponto comercial, que também é alugado. Segundo Cássia, o bar, que tem expertise em variedade de bebidas nacionais e importadas, agora trabalha com o mínimo em quantidade. “Nossos freezers estão quase vazios porque não temos condições de comprar. Quanto mais compramos aumenta nosso poder de negociação com o fornecedor. Só que não é isso que estamos conseguindo”, lamenta.
Comerciantes do Riacho Grande: Cássia Nascimento. Foto: Davi Bonfim.
Para Cássia, a maior angústia é não ver uma luz no fim do túnel. “Estamos desesperados. Temos uma família e não temos de onde tirar nosso sustento e seguimos empurrando com a barriga sem saber o que ainda vai acontecer. A culpa não é nossa”, afirmou. De acordo com a empresária, a fiscalização, que é frequente nos estabelecimentos locais, deveria ser mais intensa nas proximidades onde atuam os clandestinos. “Somos prejudicados por uns poucos, enquanto nós que trabalhamos corretamente somos impedidos de trabalhar”.
O Sehal segue na luta para ajudar o setor a se reerguer, fornece todas as informações necessárias para os empresários neste momento de dificuldade e de dúvidas sobre como proceder diante de tantas imposições e restrições para o funcionamento dos seus estabelecimentos. Como representante legal da categoria, cobra ações efetivas do poder público. E ainda coloca seu departamento jurídico, formado por profissionais especializados, à disposição dos seus associados.
Inclusive, protocolou ofício na Prefeitura de São Bernardo e no Consórcio Intermunicipal (reúne as sete prefeituras) reivindicando a abertura de bares e restaurantes no horário do almoço, entre 12h e 16h para atendimento, e mais uma hora, até 17h, para a organização, serviços de limpeza e encerramento das atividades. “Ainda estamos aguardando a resposta das prefeituras e esperamos contar com a sensibilidade dos representantes públicos”, finaliza Beto Moreira.
Sobre o Sehal
Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários reciclando conhecimento em várias áreas. Representa cerca de oito mil estabelecimentos na Região do Grande ABC. Fornece apoio com profissionais renomados nas áreas jurídicas, sanitária, organizacional, parceria com escolas e faculdades, além de lutar pela simplificação da burocracia nos âmbitos municipal, estadual e federal com redução dos impostos e ainda contribuir para a qualificação dos empresários e trabalhadores.
Oferece ainda cursos gratuitos ou com condições especiais para associados e ministrados por professores altamente qualificados, em salas de aula equipadas com datashow, cozinha completa com utensílios e insumos para as aulas práticas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.
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Comerciantes do Riacho Grande: Comércios fechados. Foto: Davi Bonfim
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Na França, donos de restaurantes propõem movimento de desobediência civil. Eles propõem a reabertura dos estabelecimentos, fechados desde 30 de outubro, nesta segunda-feira (1º).
O governo francês ameaça os infratores com uma suspensão de alvarás por um mês.
Apesar de o número de contaminações diárias ainda estar elevado, a França tentar evitar um terceiro lockdown e reforça as medidas contra a covid-19.
Desde ontem, os grandes shoppings estão fechados e os voos vindos de países que não integram a União Europeia estão suspensos.
E qual o custo da pandemia na França? O ministro da Economia não tem dúvida, é melhor prevenir com medidas de contenção do que, depois, ter que remediar com lockdown radical e o fechamento de shoppings. E os centros comerciais na França custam 500 milhões de euros por mês para as finanças públicas, um mal menor se comparado a um lockdown total, cuja fatura seria de 15 bilhões de euros por mês, ou seja, cerca de R$ 98 bilhões por mês.
Foi o que disse, nesta segunda-feira, o ministro da Economia, Bruno Le Maire. Ele lembrou que o toque de recolher, custa, aproximadamente, entre subvenções e outras medidas, cerca de 6 bilhões de euros por mês e que o confinamento total, com fechamento de lojas e escolas, seria de 15 bilhões de euros, ou seja, 9 bilhões de euros a mais por mês.