As mensalidades dos planos de saúde podem ficar mais caros. Aumento deve ser entre de 20% a 25% em 2021.
Os três reajustes acumulados resultarão nesta alta dos valores cobrados pelos planos. Porém, os usuários dos planos terão dificuldade para saber o quanto irão pagar, conforme explica a advogada e coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete. “O que a gente sabe é que isso vai explodir em janeiro”, afirma.
O instituto tentou impedir na Justiça a cobrança retroativa. Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) criou uma câmara técnica para o debate do tema, porém o pedido de liminar não foi aceito.
Sendo assim, os boletos de pagamento dos clientes dos planos, além de já estarem com o valor da mensalidade atualizada, também contam com a cobrança dos valores que não foram pagos este ano divididos em 12 parcelas.
Sendo assim, os clientes pagarão as mensalidades atualizadas com novo valor. Além disso, serão cobrados os valores não pagos em 2020, divididos em 12x.
A cobrança será sobre os cerca de 5 milhões de beneficiários que trocaram de faixa etária, e tiveram o aumento de acordo com à mudança de idade suspenso de setembro a dezembro deste ano.
A pandemia da Covid-19 causou a suspensão de reajustes nas mensalidades dos planos de saúde, entre os meses de setembro e dezembro de 2020. Ainda assim, as operadoras dos planos marcaram recordes históricos de faturamento.
“A gente já vê os usuários dos planos com uma dificuldade grande de honrar pagamentos, por causa da crise econômica. Existe um endividamento. E janeiro é mês de pagar tributo. Tudo isso vai ficar acumulado em janeiro”, destaca Navarrete.
A pandemia provocou queda nos atendimentos e procedimentos médicos eletivos. Nesse sentido, a redução acarretou em economia para as operadoras dos planos, resultando em lucros. “Setores faliram. O turismo faliu. As aéreas, nem se fala. Todo mundo sacrificou algo e os planos de saúde são os únicos que vão se sair bem? Não é justo”, afirma a advogada.
Portanto, a advogada do Idec sublinha que a ANS autorizou os planos para reajustarem seus preços, mas não delimitou, por exemplo, teto para o aumento dos valores. “Não existe um parâmetro. O reajuste médio é de 20% e o consumidor vai ficar na mão.”
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