“Deus ajuda quem cedo madruga”. Saiba o que é cronotipo
Certamente você já ouviu essa frase. Acontece que isso não é uma verdade absoluta. Acordar cedo pode ser bom para uns e não tão bom assim para outros.
Tudo depende, dizem os especialistas, do ritmo de cada pessoa. Ou, numa linguagem mais técnica, o cronotipo, como explica o doutor em engenharia de computação pela Unicamp, Carlos Azevedo.
Sonora – Na linguagem científica, o cronotipo é a sincronização dos chamados ritmos circadianos, o ciclo fisiológico de aproximadamente 24 horas, que ocorre na maioria dos organismos. E é por isso que algumas pessoas são mais ativas durante dia e outras à noite.
Basicamente, existem 3 cronotipos.
Sonora – Nós temos o cronotipo matutino, que são os indivíduos que precisam ir pra cama cedo e são mais ativos nas primeiras horas do dia. De acordo com estudos internacionais, 25% da população mundial é matutino. Depois, nós temos o cronotipo vespertino, que são as pessoas que rendem melhor à noite, mas precisam prolongar o descanso até o meio da manhã. Corresponde a 25% dos indivíduos. E, por fim, temos o cronotipo intermediário, que é a metade restante da população. Então, apresenta um cronotipo médio, ou seja, o pico da melatonina ocorre às 3h da manhã, dormem, geralmente, da meia noite às 8 horas da manhã.
A melatonina, citada por Azevedo, é o chamado hormônio do sono, que é liberado no escuro e determina em que momento do dia estamos mais despertos e, portanto, somos mais produtivos.
De acordo com Carlos Azevedo, que também é diretor de Ciência de Dados na Coteminas, empresa do ramo têxtil que está à frente de uma pesquisa recém realizada sobre o sono do brasileiro, a maioria das pessoas do nosso país tem perfil intermediário:
Sonora – 40% da população brasileira é intermediária, 30% vespertina e 30% matutina. Aparentemente, os cronotipos dos brasileiros se concentram de forma mais evidente por faixa etária e sexo. Então, as mulheres, por exemplo, dizem funcionar melhor à tarde, enquanto os homens tendem a ter a sua melhor performance no período da manhã. Já os mais idosos têm perfil mais matutino, enquanto o grupo dos 18 aos 24 anos predomina o vespertino.
Nesse contexto, vale destacar um outro resultado da pesquisa: 65% dos entrevistados, em sua maioria mulheres, gostariam de ter horário flexível no trabalho para ajustar ao relógio biológico e, assim, potencializar a produtividade.
Em parceria com Rádio2.
Assine nossa Newsletter e receba nossas publicações em seu email. Aproveite e leia mais Notícias do Brasil.
Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse.
Sobre os Termos de Privacidade