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Vivendo o medo

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Capítulo 2 (Vivendo o medo) de O Medo da Humano. Leia o Capítulo 1

Viver em liberdade significa dominar o próprio medo. O medo de morrer, o medo de ser preso, o medo de não ter o que comer ou beber, o medo de ser humilhado, o medo de não parecer importante, o medo de ser isolado, o medo de não ser aceito.

A luta pela liberdade é uma luta contra o medo. Não que não tenhamos que ter medo. Algum medo é necessário, para que o ser humano não se comporte de modo temerário, arriscando desnecessariamente a própria vida. Mas o medo que ultrapassa o instinto de autopreservação já é, por si só, negativo. Assumir o risco é parte de controlar o medo, e ser, finalmente, adulto.

A maturidade ocorre quando se domina o medo. Cristo dizia para sermos perfeitos como o Pai celeste. Originalmente, no grego, Cristo nos mandou sermos completos em desenvolvimento, ou seja, maduros, adultos, como o Pai celeste é. Esse é o significado do “perfeito” mencionado. Para sermos maduros como Deus, temos que fazer aquilo que Deus faz, ou seja, fazer o que é certo, pensando nas consequências dos atos.

Deus não dá as coisas ao ser humano, mas capacitou-o a fazer o que é correto. Se Deus desse aos seres humanos alimentos diários, vindos do céu, o ser humano jamais seria responsável por si, já que não necessitaria lutar para conseguir suprir suas necessidades a curto prazo, nem de seus dependentes. Assim, o ser humano maduro é consciencioso das consequências de seus atos, agindo corretamente, mas nunca fazendo pelo outro aquilo que o outro pode fazer por si.

Mais uma vez permeia a emoção do medo na relação entre pessoas, já que não se sabe qual será o comportamento alheio. A ausência de confiança gera um novo medo do desconhecido, criando-se barreiras emocionais que impedem um relacionamento de entrega ao outro, para que o outro supra as suas necessidades, e eu, as dele. Aos poucos, o tempo vai provando quem merece um grau maior desta confiança. Mas pelo fato do ser humano ser falho, invariavelmente haverá um novo erro, que quebrará a confiança.

Uma saída adotada por muitos é não esperar nada de bom. Esse “pessimismo” é criado para que a pessoa não sofra por confiar e ter sua confiança quebrada. Se não se deposita a confiança em ninguém, não haverá quebra da mesma. Vivendo num sistema interno de que “todos vão errar, inclusive eu”, não se deposita a confiança em ninguém. Claramente, em algum momento haverá necessidade de confiar, pois mesmo o ser humano mais desconfiado, ao entrar em um supermercado e comprar um quilograma de açúcar, não vai abrir o pacote para provar se é açúcar mesmo. Ele confia que o conteúdo é o que indica na embalagem. Algum grau de confiança haverá sempre.

É nesse momento que o ser humano coloca em Deus a confiança. Por ser Deus (não importa a religião ou filosofia de vida) um ser supremo que não erra, a confiança depositada no mesmo terá a garantia de não ser violada nunca. Se um ser não erra, ele não trai a confiança. Esse é o raciocínio que o ser humano usa para se tranquilizar, já que tem medo disso também.

CONTINUA …

Por Marcio Pinheiro

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